O elevar das notas.

No estilhaçar da vida se reconstrói a harmonia.
Melodia de tom lúgubre soa dentro dessa casa.
No cair das lágrimas renasce um anjo por dia.
Emergindo aos céus no eterno bailar sem pausa.

De longe percebe-se a alma leve como o pó.
Mesclando-se com as nuvens negras da cidade.
A morte é tão costumeira quanto o uso da nota dó.
No refrão marcando o inicio da vida sem vaidade.
Igual admiro um pássaro, admiro o sumir da existência.
Diferente deles buscamos o Sul por meio do descansar.
Como o extinto pede para a natureza uma clemência
Enxergando na fuga a chance dada para a dor passar.

O cantar dos pássaros reflete no silêncio do piano.
As notas caladas recriam na sala as suas lindas asas.
Ouço na sua partida os mais entristecidos sons tocando.
E o seu novo ninho tornando-se a minha cova mais rasa.

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