Não há o inútil em casa.
Preencho-me com pouco.
O muito já não tem graça.
Se o peito silencia rouco.
Tirei tudo do meu porão.
Era dessa vez consciente.
Sentia-me triste nessa visão.
De materialidade que prende.
A mobília foi sumindo.
Dando espaço para mim.
O mundo mentia sorrindo.
Mas o cheio chegou ao fim.
O muito me fazia pouco.
A televisão olhava e dizia.
Quem não tinha era louco.
A inutilidade da vida vazia.
Já falei que gosto dos seus escritos?
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