Carta ao amigo

Oh, caro amigo, a distância nos incomoda.
Você vagueia por essas praças luminosas.
Eu pastoreio aqui, ideias por meio da poda.
Será a vida essas discrepâncias raivosas?

Choro, mas agradeço, é o que é por ser daí.
Fonte inesgotável de versos fraternos, amorosos…
Já eu, figuro o ser garimpando palavras cruas.
Enquanto enalteço o fim dos dias tenebrosos.

Agradeço a recepção pela sua atenção paterna.
Sou jagunço, bêbado, acolhido por esse laço.
Desviando sem êxito dos caminhos da taberna.
Recolho-me escrevendo linhas em forma de abraço.

Não tenho sua erudição, falta-me diretrizes.
Ofereço-lhe rimas simples, a vida pode ser isso.
Encontros difíceis, belos, como os eclipses
Diferentes literaturas juntas por amor ao oficio.

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